domingo, 27 de maio de 2007

Dias felizes em Bali

Por Michelle Lima

Que surpresa descobrir que além de praias belíssimas e espetaculares, há em Bali profundas raízes culturais e artísticas e um povo que preserva as suas tradições. A cada dia de permanência, uma descoberta, uma surpresa, um encantamento,... e muita felicidade.

Felicidade em sentir a beleza da natureza, em viver o momento presente e compartilhar do sorriso do povo local. Um povo que é feliz simplesmente por existir, sem ser necessário coisas materiais para sentir a felicidade.

Tanah Lot, Ubud, Jimbaran, Pandang Pandang, Uluwatu, Balangan, Nusa Dua, Lovina, Gitgit, Tulamben, Amed, Sanur, Batur, Bensakin,... No início foi difícil de memorizar os nomes dos lugares, mas agora, quase um mês depois vivenciando Bali, eles me soam bem familiares e me trazem felizes recordações.

Como ao lembrar dos mergulhos em Tulamben, na costa leste da ilha, onde encontrei um mundo de cores, corais e diversos tipos de peixes e vida marinha. Em Amed, praia vizinha, fiquei hospedada em uma pousada que tinha o barulhinho do mar como sinfonia para dormir.

E as massagens no final de tarde na praia de Uluwatu!!, na península sul da ilha, onde fiquei os últimos dias, hospedada em uma pousada na praia de Pandang Pandang, que é administrada por uma família de balineses e que possui coração brasileiro. Todos os dias éramos saudados com expressões em português, tipo "bom-dia, gatinha", e o cardápio do restaurante é adaptado ao paladar brasileiro, com feijão e "beef acebolado", "chicken acebolado". Mas eu preferia experimentar os novos sabores da comida indonésia. O local é parada obrigatória dos brazucas. Boas risadas e bons momentos vividos com Clarissa, Bernardo, Mateus, Ivan, Tulio, Tavo, Fernando, Carol, Marina, Dado, Edu, Guilherme, Fábio... e os portugas Pedro e Zé.

Com ondas perfeitas, Bali atrai surfistas de todos os lugares do mundo. Nos dias 18 e 19 de maio houve o maior swell já registrado em Bali, com ondas de 16 pés. Alegria para os surfistas!!!! Mas no primeiro dia de swell pouquíssimos encararam as ondas.



Em Ubud, famosa pelos artistas e pintores, galerias de arte e museus, e considerada a capital cultural da ilha, assisti a dança "kecak", uma apresentação de um fragmento do Ramayana, um épico hindu, que é acompanhado musicalmente por um coral de 70 vozes humanas.

A religião do povo de Bali é hindu, com a trindade Brahma (criador), Vishnu (protetor) e Shiva (destruidor), que são as manifestações do Deus Supremo, Sanghyang Widhi. Em todos os lugares há um templo e todas as casas têm o seu altar, e oferendas fazem parte da vida para que tenham prosperidade e saúde para a família. Visitei vários templos, com destaque para o Pura Bensakin, o templo-mãe, que fica na encosta do Monte Agung.

A cultura de Bali é muito viva: música, cor, cheiro, dança, comida, decoração, estilo de vida, povo. Bali é beleza, mistério, cultura e hospitalidade. Um lugar para ser feliz!!!!!!!!

domingo, 20 de maio de 2007

sábado, 19 de maio de 2007

E eu, Michelle, continuo em Bali

Cheguei em Bali para passar 10 dias, mas não consegui ir embora na data prevista. Ainda tinha tanto para conhecer e vivenciar da cultura, praias e povo deste lugar,… que seria um arrependimento profundo no futuro se não ficasse mais.

Bali é uma ilha pequena, com aproximadamente 140 km de leste para oeste e 80 km de norte para sul, contudo possui algo muito especial, e que fascina a todos que a visitam. Tem praias exuberantes, pontos de mergulho com muitas variedades de peixes e corais do Oceano Indico, ondas perfeitas para o surf, locais para relax e descanso, assim como locais para baladas e festas, templos belíssimos, inumeráveis campos de plantação de arroz,... mas a grande riqueza deste paraíso é o povo que aqui vive. Um povo feliz e que sempre tem um sorriso no rosto para nos oferecer. Quando nos conhecem, primeiro perguntam o nosso nome, e nos olham nos olhos e apertam a nossa mão com um enorme sorriso, e sempre dizem o nosso nome quando conversamos. Um povo que preserva a sua cultura e que acredita pelos princípios da religião hindu que o futuro de cada um depende da ação do presente. O carinho e hospitalidade das pessoas de Bali é uma lembrança que terei por toda vida.

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Bangkok e suas facetas

por Rosana

Por trás dos shows eróticos bizarros, do mercado negro e da malícia do povo tailandês, Bangkok se apresenta como uma metrópole cheia de atitude, vibrante e sofisticada.
Estava hospedada em uma das ruas mais movimentadas e multi-culturais de Bangkok (Rambutri e Khao San). Obvio que tal rua era cheio de mochileiros. O bom é que a troca de dicas se dá naturalmente, o que é uma vantagem. Na verdade foi por isso que conheci a parte chique de Bangkok. Fomos todos dançar no “The Bed” e no dia seguinte fomos admirar a pulsante Bangkok de um prédio altíssimo no centro de cidade.
Todos os meus dias em Bangkok foram bem movimentados. Entre visitas a grandes palácios, templos budistas com grandes Budas e corridas de tuk tuk (popular meio de transporte tailandês) pela cidade, me deliciava com a comida de rua tailandesa. O meu café da manhã era manga com arroz e leite de coco. Soa estranho – fruta com arroz, mas acreditem é muito saboroso. Terminava com um suco fresco de tangerina. Frutas frescas e variadas, definitivamente são marcas registradas na Tailândia.
E o Rei Tailandês? Tenho que mencionar o popular Rei Rama. Há fotos dele em todos os lugares possíveis de Bangkok. E conversando com locais percebi que a popularidade do Rei é altíssima. Tanto é que toda Segunda-feira é dia de vestir amarelo, o que vem a ser a cor do Rei. Interessante pelo ponto de vista do patriotismo do povo tailandês.
Nos meus últimos dias de Bangkok, fui visitar atrações mais distantes da cidade. E acabei visitando o colorido mercado flutuante tailandês: Dmnoen Saduak. Ter assistido aquela feira flutuante entre canoas foi sensacional. A simplicidade de mais um dia de trabalho do povo local acaba se transformando em uma atração para nós, viajantes.
O dia seguinte foi o ponto alto! Fui ao encontro de tigres que são cuidados por monges budistas. Que criaturas belas e oponentes! Tive até a oportunidade de conduzir um dos tigres! Em seguida foi visitar a histórica Ponte do Rio Kwai. Isso mesmo, a famosa ponte que foi construída por prisioneiros da Segunda Guerra Mundial. Fantástico! Fechamos o dia com um relaxante passeio de barco de Bambo. Cruzava aquele rio certa de que tive um belo dia cheio de novidades que os mundos nos proporcionam.
Em tempo, aproveito para agradecer a Nicole, Manuel e Roberta pela ótima companhia e por todas as dicas que me foram dadas.


Dicas de Bangkok:
- Hospedagem em Khao San e Rambutri – bem-centralizado e barato
- Experimente a comida de rua. Deliciosa e em conta
- Tailândia é o melhor lugar para pegar vistos para os outros países do Sudeste da Ásia
- Considere viajar de ônibus pela Tailândia – mais barato e rápido que o trem

Tailândia - Dados Gerais


Capital: Bangkok
População: 62 milhões
Religião: Budista
Moeda: Baht
Idioma: Tailandês

sábado, 12 de maio de 2007

Bali - Ilha da Magia

por Rosana

O clima de Bali é algo muito especial e envolvente... Assim como o seu povo. A ilha exala tranqüilidade e durante os oito dias que lá passei percebi que por conta da religião Hindu e da cultura balinesa, existe uma segurança estabelecida na ilha, o que é algo surpreendente. Explico o porquê – Tanto Bali como o resto do país é muito pobre e nem por isso eles usam tal fato para entrar na criminalidade. Pelo contrário, eles usam a alegria, a criatividade e o traquejo de um vendedor sagaz para fazer negócio e ganhar o pão de cada dia. É bonito de ver a felicidade do povo de Bali – eles estão sempre com o sorriso no rosto.

Já as praias... extremamente belas! E quase todas paraíso dos surfistas – ondas perfeitas quebrando todo o ano, clima tropical e um pôr-do-sol maravilhoso. Ulu watu, que fica no sul da ilha é um paraíso a parte. Quando a maré está baixa, piscinas naturais nos convidam para deliciosos mergulhos.

No meu penúltimo dia em Bali, fizemos um passeio para o extremo norte de Bali – Lovina. Paramos em um belo templo onde uma celebração estava acontecendo. Homens, mulheres e crianças vestindo roupas típicas – sarong (branco e amarelo), um tipo de chapéu feito de pano e as mulheres, em particular, carregavam um cesto muito colorido feito de palha. Tenho para mim que são nestes cestos que elas colocam as oferendas para serem usadas durante tais celebrações. Tudo conduzido por música instrumental, bandeiras e claro muita alegria. A segunda parada foi em uma cachoeira (Gitgit) que emanava uma energia ultra positiva! Fiquei eufórica me banhando naquela queda d’água energética. A força da água era extraordinária! Terminamos o nosso dia visitando um templo budista e piscinas de água térmica.
Como diz um amigo surfista “Bali é ilha da magia”, rainha das ondas e destino para limpar a alma e ser feliz!

Dicas:

Tanto o aluguel de carros como o de motos é super barato em Bali
Barganhe, Barganhe e...barganhe. Faz parte da cultura local
Pôr-do-sol em Tanah Lot e Ulu watu – belíssimos!
Experimente Bitang – cerveja local
Jantar em Jimbaran – frutos do mar fresquinhos

segunda-feira, 7 de maio de 2007

Bali cheira a incenso

por Rosana


E as particularidades dos mundos já começam a ser fazer presentes...

Pela manhã, a caminho da praia de Kuta, notei arranjos feitos de folhas de bananeira contendo: incenso, pedaços de frutas, arroz e flores na porta de casas e lojas. O cheiro inebriante de incenso de sândalo faz parte do cotidiano desta linda ilha. Mas o que são tais arranjos??? Descobri, conversando com balineses que tais arranjos (Canang Sari) são oferendas para atrair bons espíritos e boa sorte. Além disso, tais oferendas fazem parte da tradição hindu, religião da maioria dos balineses. Em tempo... Brahma, Wishnu e Siwa são os três principais deuses da religião Hindu. Brahma significa criação, Wishnu, guardião e Shiva, destruição. Eles dizem que tal trindade significa o percurso do planeta terra.
No terceiro dia em Bali, fui visitar típicos vilarejos ao norte da ilha. Quantas surpresas em um só dia! Comecei assistindo a tradicionais danças balinesas (Dança Barang). O movimento das mãos e dos pés das dançarinas foi o que mais me chamou atenção. Logo em seguida, houve uma demonstração teatral, uma luta do bem contra o mal foi travada no palco. Tudo muito colorido e sonoro.
Logo após seguimos para a floresta dos macacos. Mantive distância dos macacos! Confesso que tenho pavor a macacos. Sendo assim, não comprei ne
m bananas para alimentá-los. Assim evitei gritarias e pulos no colo do meu guia...
Ao entardecer, fui visitar os verdes e geométricos campos de arroz. Belissímos! Terminei o meu dia, degustando de um delicioso jantar de frutos do mar e de sobremesa, Mangostin – uma saborosa fruta balinesa que não dá vontade de parar de comer. ;-)
Bali com seus templos cheios de Rangdas, monstros que espantam espíritos ruins, está caindo nos meus encantos.

Indonésia - Dados Gerais


Capital: Jakarta
População: 234,893,453
Moeda: Rúpias
Idioma: Bahasa Indonesian

quinta-feira, 3 de maio de 2007

Impressões australianas por Michelle

Conhecer a Austrália estava nos meus planos de viagem há muito tempo, por já ter visto inúmeras fotos e vídeos, relatos de viagem de amigos e por ter um amigo ozzi (nome dado aos australianos) e que já me visitou em Fernando de Noronha no ano passado.

Agora estou fazendo uma viagem de volta ao mundo, e tive a oportunidade de ir na Austrália. O tempo foi pouco para um país que tem o tamanho de um continente, apenas 15 dias, mas como farei a viagem da Ásia em companhia de Rosana, e a mesma estava com o visto de estudante australiano vencendo, não daria para ficar por muito tempo em terras ozzis.

Então optei por conhecer SYDNEY, a maior cidade do país, e onde encontraria Rosana e Renata, duas amigas cariocas, e o Jim, meu amigo australiano, e PERTH, no oeste australiano, onde mora Lili, uma amiga dos tempos de colégio.

As minhas impressões de Sydney foram o contrário do que esperava. Não gostei da cidade, nem achei nada bonito, com exceção do passeio de barco pela baía de Sydney até o distrito de Manly e o Botanic Garden, mas que tem muitos morcegos e certa tarde sai correndo de lá. A cidade não tem naturalidade, nem cultura, e não consegui encontrar a essência australiana. Em dez dias, andei bastante, visitando os atrativos turísticos e buscando um centro de informações turísticas, mas não encontrei nenhum. E a minha impressão é de uma cidade cheia de carros e artificial. Quem sabe futuramente eu possa mudar esta opinião.

Em Perth, comecei a descobrir a Austrália que me relatavam. A cidade é linda, com muito verde e uma excelente qualidade de vida. Vivenciei o dia-a-dia de uma família “australiana”.Tive o meu primeiro contato com o Oceano Indico e fui na Ilha de Rottnest, que é exemplo de um destino ecoturístico. Conheci vários animais australianos: canguru, dingo, koala, quoakka... Fiquei apaixonada pelos cangurus! Passei cinco dias encantadores, que me fizeram ter vontade de programar uma próxima visita.



Agora estou no vôo para Bali, e como não tinha vaga no vôo direto de Perth, tive que ir em um vôo para Darwin, no norte do país, com escala em Alice Spring, no centro da Austrália. O vôo, que poderia ter sido entediante, pelas horas a mais dentro de um avião, foi excelente. Cruzei o deserto australiano. Vi a terra vermelha, assim como o Uluru, lugar sagrado dos aborígenes (os primeiros habitantes), e que me pareceu um lugar muito especial. Ao meu lado sentou um típico australiano, que se transformou no meu guia turístico, explicando sobre as particularidades dos lugares, e se divertia comigo tirando fotos pela janelinha do avião. G’day, mate, e até breve Austrália!!